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PT e PSDB buscam parceiros para evitar isolamento nas eleições em Santa Catarina

PT e PSDB buscam parceiros para evitar isolamento nas eleições em Santa Catarina

Principais candidaturas de oposição no Estado articulam alianças nos últimos dias antes das convenções

Principais nomes de oposição na disputa pelo governo do Estado, os pré-candidatos Claudio Vignatti (PT) e Paulo Bauer (PSDB) usam os últimos dias antes da oficialização das chapas para lutar contra um adversário comum: o isolamento. Até agora, o petista e o tucano não conseguiram alianças com os principais partidos e, de quebra, ainda sofrem com o assédio do PSD do governador Raimundo Colombo a parceiros históricos.

A composição de uma ampla aliança e o isolamento dos adversários são as principais estratégias para a reeleição de Colombo. Além do enfraquecimento de Vignatti e Bauer, a tática garantiria uma diferença avassaladora no tempo de horádio eleitoral das candidaturas. Por isso, enquanto ainda tentam acomodar os interesses de PMDB e PP na chapa majoritária, os pessedistas articulam a participação de pequenas e médias siglas na coligação — um movimento que abrange extremos no espectro ideológico, como o PCdoB e o DEM.

Vignatti reconhece a situação e brinca que tem evitado falar abertamente sobre os partidos que procura para compor. Ele avalia que o apoio declarado por Colombo à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) dificulta as alianças.

— No passado, tínhamos o Planalto atuando em uma lógica de fortalecimento da candidatura do partido. Hoje não temos essa interferência, porque a Dilma terá dois palanques aqui. Aí a concorrência com o governador é muito difícil — afirma.

Bauer tem, até agora, apenas o apoio do novato Solidariedade (SDD), articulado nacionalmente porque o partido ainda dá seus primeiros passos no Estado. O tucano ironiza a gula dos governistas.

— O governador não deveria ter essa preocupação de reunir tantos partidos, se ele nem consegue fazer as lideranças do partido dele votarem na candidata a presidente da coligação — afirma.

Nos partidos que estão sendo disputados, o discurso é semelhante: a prioridade é eleger deputados federais e estaduais. O PSD pretende patrocinar uma chapa de pequenos e médios partidos para a disputa das vaga legislativas. Esse grupo que pode chegar a oito siglas teria chance de eleger parlamentares sem a concorrência direta dos campeões de voto dos partidos maiores.

— Temos boas conversas com o pessoal da subcoligação, mas não tem nada fechado. Todas as opções têm partes boas e ruins. Com o PT não elegemos deputado estadual, com o PSD temos dificuldades históricas — diz a deputada estadual Angela Albino (PCdoB), que concorrerá a federal este ano.

— No nosso caso, o que vai definir são as condições para a eleição de deputados. Não será a simpatia pelo Paulo (Bauer) ou pelo Raimundo (Colombo) — diz presidente estadual do DEM, Paulo Gouvêa, sigla tradicional aliada dos tucanos em nível nacional. 

- Os cenários possíveis para a oposição

Se conseguirem avançar nas negociações, petistas e tucanos podem ter diferentes quadros. Confira quanto representam as alianças em tempo por programa eleitoral, em relação aos 13min40s distribuídos de acordo com o número de deputados federais dos partidos*:

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