Projeto de lei é da Câmara Municipal da cidade do Vale do Itajaí.
Hora trabalhada valeria R$ 50; moradores contestam jornada de trabalho.
Um projeto de lei da Câmara de Vereadores de Timbó, no Vale do Itajaí, quer estabelecer carga horária mínima diária de 4h para os vereadores. Além disso, prevê que eles façam relatório de prestação de contas registrando o trabalho realizado.
Atualmente, os vereadores da cidade precisam ir à Câmara uma vez por semana para as sessões ordinárias que duram aproximadamente 3 horas. Eles participam também da reunião das comissões, de cerca de 30 minutos.
"É muito triste nós termos que fazer um projeto de lei para disciplinar, para moralizar o poder legislativo. Por si só teríamos que ter muito mais trabalho”, afirmou Fabrício Dalcastagné, vereador que criou o projeto de lei.
A proposta é que os vereadores cumpram uma carga horária de 20h semanais, sendo no mínimo quatros horas diárias. Eles recebem mensalmente R$ 4.057. Com a carga de 20h, cada hora trabalhada valerá R$ 50,71.
Dos nove vereadores de Timbó, seis assinaram a proposta. Um deles ainda sugere que as atividades sejam expostas na internet. "O vereador vai atualizar as atividades dele semanalmente, o que ele fez durante a semana", detalha o vereador John Adriano.
O projeto gerou polêmica na cidade de pouco mais de 35 mil habitantes. "Se for comparar com a população, que tem que trabalhar 8 ou 9 horas por dia, acho pouco", afirmou um dos moradores de Timbó.
G1SC