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Por falta de alvará, CT do Flamengo foi multado 30 vezes e lacrado em 2017

Prefeitura do Rio de Janeiro informou que o clube nunca pediu autorização para instalação de prédios na área atingida pelo incêndio.

Por falta de alvará, CT do Flamengo foi multado 30 vezes e lacrado em 2017 Torcida do Flamengo faz vigília em no local do incêndio(Foto: Carl de Souza/AFP)

 

Por determinação da Secretaria de Fazenda, a Prefeitura do Rio de Janeiro lacrou o CT do Flamengo em outubro de 2017. A decisão foi tomada após o clube ter sido multado 30 vezes por falta de alvará de funcionamento. O local, chamado de Ninho do Urubu, foi atingido por um incêndio na madrugada desta sexta-feira (8). A tragédia matou 10 jogadores da base do clube.

Segundo a Prefeitura do Rio, o Flamengo decidiu reabrir o Centro de Treinamento em 2017, mesmo depois de ter sido lacrado — e o local seguia aberto desde então. A prefeitura informou ainda que o clube nunca pediu autorização para instalação de prédios na área que foi atingida pelas chamas.

A área em que o Flamengo construiu o alojamento de suas categorias de base tinha permissão da prefeitura para funcionar apenas como estacionamento. O jornal Folha de S. Paulo apurou que a autorização foi concedida no ano passado.

O Flamengo ainda não se manifestou sobre o assunto. A Prefeitura do Rio divulgou em nota que a atual licença do CT tem validade até 8 de março de 2019.

"A área de alojamento atingida pelo incêndio não consta do último projeto aprovado pela área de licenciamento, em 05/04/18, como edificada. No projeto protocolado, a área está descrita como um estacionamento. Não há registros de novo pedido de licenciamento da área para uso como dormitórios", diz a prefeitura, que informou também que irá abrir "um processo de investigação para apurar as responsabilidades".

Processo por precariedades

O CT Ninho do Urubu foi alvo de ação recente do Ministério Público do Rio de Janeiro pelas más condições oferecidas aos atletas de base. A informação, veiculada pelo portal UOL, afirma que processo, iniciado em 2015, chegou a pedir a interdição das instalações dos alojamentos.

A ação tinha audiência de julgamento marcada para maio deste ano. Nela, é citada a precariedade dos colchões e menores residindo no CT sem autorização dos pais. (Com informações da Folhapress)

 

Por GaúchaZH

NSC Total

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