Equipamento parou de funcionar um dia antes da tragédia e não registrou velocidade do veículo no momento do impacto
Quatro peritos iniciaram a vistoria nos destroços do ônibus da empresa Costa & Mar, acidentado no sábado (14), na Serra Dona Francisca. Por volta das 10h desta terça-feira, o veículo, que se encontra no pátio do posto da Polícia Militar Rodoviária de Campo Alegre foi minuciosamente examinado.
Os técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP) encontram problemas com o equipamento que deveria registrar a velocidade do veículo. O último registro do tacógrafo é de sexta-feira, dia 13 março, às 14h. Sem o equipamento operante, não há dados que identifiquem a velocidade do ônibus no momento do acidente. Os peritos também confirmaram a falta do cinto de segurança para os passageiros.
Além de fotos do veículo acidentado e seu interior, os técnicos retiraram as rodas, verificaram o estado dos pneus e analisaram os freios, a fim de encontrar indícios de superaquecimento no sistema. O motor do ônibus estava em bom estado e provavelmente havia passado por uma reforma recente.
Algumas peças desmontadas serão levadas ao IGP de Joinville para uma análise mais criteriosa de laboratório. Os peritos também fizeram a contagem dos bancos do coletivo e concluíram que a capacidade máxima do veículo, incluindo motorista e auxiliar, era de 52 pessoas, sete a menos do que a lotação no momento do acidente.
Segundo Valmir Gomes, diretor do Instituto de Criminalística de Santa Catarina, que acompanhou a perícia, o prazo para a conclusão do laudo é de 10 dias, mas ele pode ser prorrogado em função da análise mecânica, considerada peça-chave pelos peritos para indicar as causas da tragédia.
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