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Indonésia começa preparativos para execução de brasileiro

Indonésia começa preparativos para execução de brasileiro Rodrigo Gularte foi preso em 2004 ao tentar entrar no aeroporto de Jacarta com seis quilos de cocaína. (Foto: STR / AFP)

A Indonésia começou os preparativos para as novas execuções dos estrangeiros condenados à morte por tráfico de drogas no país. Entre os dez prisioneiros na possível lista de fuzilamento, está o paranaense Rodrigo Gularte, preso em 2004 ao tentar entrar no aeroporto de Jacarta com seis quilos de cocaína escondidas em pranchas de surfe.

Nesta sexta-feira, após a promotoria ter ordenado a preparação das execuções ignorando os pedidos de clemência, familiares e diplomatas tentavam visitar os estrangeiros. Jacarta aconselhou as autoridades consulares a se dirigirem neste fim de semana a Nusakambangan, onde os fuzilamentos ocorrem. Alguns familiares dos presos também se preparavam para viajar à ilha-prisão.

Um advogado do réu brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, disse à AFP que as equipes consulares e legais dos condenados à morte se dirigirão a Cilacap, a cidade mais próxima, o quanto antes.

As embaixadas não foram informadas sobre quando irão ocorrer os fuzilamentos, que por lei exigem uma notificação com 72 horas de antecedência, mas o passo dado pelas autoridades sugere que eles podem ser iminentes.

Em janeiro deste ano, o presidente Joko Widodo negou clemência a Rodrigo, o que o colocou na relação de próximos executados. O brasileiro foi diagnosticado com esquizofrenia, o que fez a defesa tentar argumentar a fragilidade do estado de saúde dele para evitar o seu fuzilamento. Encarregada de levar adiante as execuções, a Procuradoria Geral da Indonésia chegou a avaliar Rodrigo, mas o laudo jamais foi divulgado, nem mesmo aos advogados dele ou à embaixada brasileira.

Brasileiro foi morto em janeiro

Em 17 de janeiro, Marco Archer Cardoso Moreira foi executado. Na ocasião, o brasileiro soube na noite de quarta-feira que seria morto em três dias. O advogado de Marco e um diplomata brasileiro só souberam da data de execução naquele momento.

* AFP/Jornal de Santa Catariana

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