Geral

Com falta de combustível e gás, falta merenda e aulas são suspensas no Extremo Oeste

Com falta de combustível e gás, falta merenda e aulas são suspensas no Extremo Oeste Bloqueios em Santa Catarina começaram em São Miguel do Oeste, no dia 18 de fevereiro (Foto: Ederson Abi / Peperi.com)

Somente em São Miguel do Oeste 3,5 mil alunos do município ficarão sem aula

Primeiro foi o combustível, depois foi o gás, nos supermercados já faltam alguns produtos como frutas e frios. Diante da dificuldade em transportar e até alimentar os alunos nas escolas, a secretaria de Educação de São Miguel do Oeste suspendeu as aulas por tempo indeterminado. Outros municípios como Barra Bonita e Anchieta já haviam suspendido as aulas na semana passada, por falta de combustível.

De acordo com a secretária de educação de São Miguel Do Oeste, mesmo que a paralisação terminasse nesta semana, o reinício não será imediato, até que seja reestabelecida as condições. Quando terminar a greve dos caminhoneiros o município vai divulgar nos meios de comunicação a data de retorno.

A Universidade do Oeste do Estado de Santa Catarina (Unoesc) também suspendeu as aulas dos cursos de graduação em São Miguel do Oeste, Maravilha, São José do Cedro e Pinhalzinho. De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, serão 4,5 mil alunos sem aula. A suspensão também é por tempo indeterminado.

O gerente regional de Educação, Moacir Martello, está fazendo um levantamento da situação das escolas estaduais para definir quem terá aula suspensa ou não.

São Miguel do Oeste é o município mais impactado pois a paralisação em Santa Catarina começou na cidade, no dia 18 de fevereiro.

-Falta combustível, estamos sem gás em prédios e creches e as frutas estão se esgotando- disse o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Miguel do Oeste (Acismo), Vilmar de Souza, que também é o presidente do conselho de entidades do município.

No entanto ele afirmou que os supermercados ainda tem estoque de comida não perecível.

Com a falta de combustível, a população tem que se adaptar.

-Tem gente indo a pé, de bicicleta, de carona e alguns não estão nem indo trabalhar- explicou Souza. Ele estima que cerca de mil funcionários já estão em férias coletivas, o que representa entre 7 a 8% do total de empregados.

A estimativa é que o movimento caiu pela metade em fevereiro. Mesmo com os prejuízos, as entidades ainda apóiam o protesto.

-Pela razão não apoiaríamos, mas ainda estamos suportando pois há uma insatisfação geram com os rumos que o governo federal está tomando com aumento de impostos, energia e combustíveis- disse Souza.

Diário Catarinense 

 

Outras Notícias