Que o Alto Vale tem muitos jovens interessados pelo esporte e que se destacam não é novidade, mas o ituporanguense Mariel Mees, de 27 anos, ingressou em uma carreira um pouco diferente. Agora ele é analista de mercado do Juventude Esporte Clube, em Caxias do Sul, e ajudou a montar o elenco do clube para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série A.

Mariel é formado em Educação Física e trabalha com futebol há quase 10 anos, antes mesmo de entrar na faculdade. O primeiro clube em que trabalhou foi o Barra futebol Clube de Balneário Camboriú onde foi preparador físico, auxiliar técnico, treinador e scout para a empresa.

“Tive algumas rodagens como preparador físico no Rio Grande do Sul e ano passado recebi uma proposta da Ferroviária de Araraquara, em São Paulo para atuar como analista de mercado e permaneci até abril e recebi convite do Juventude para montar um Departamento de Análise de Mercado no clube, departamento que nunca existiu no clube e a ideia era montar e ajudar na construção do elenco para a séria A”, explica.

O analista de mercado ainda revela que é um trabalho complexo pelo fato do time ter sido promovido da Série B para a Série A há pouco tempo. “Somos um clube recém-promovido da série B no Brasileiro e temos uma diferença de orçamento muito grande em relação a outros clubes. O nosso é um dos menores investimentos da série A. Os números dos grandes clubes são até 20 vezes maiores e então é uma briga quase desigual, mas faz parte. Nosso desafio é encontrar jogadores baratos em termos de salário e conseguir jogar de igual para igual em todos os clubes da série A”, destaca.

As funções exercidas por ele no clube são de muita responsabilidade, já que o trabalho de um analista de mercado consiste em encontrar atletas para possível aquisição da equipe, monitorar jogos e competições em mercados alvos, auxiliar na resolução de necessidades do clube incluindo jogadores e comissão técnica. Ele também controla os contratos dos jogadores do futebol brasileiro e assim identifica jogadores em final de contrato para não haver custos de transferência e ainda monitora jogadores do clube que estão emprestados.

Apesar da correria diária, ele conta que é uma função gratificante e que está feliz com o desafio. “Me sinto bem em fazer parte desse projeto no Juventude em Caxias do Sul e na Série A do Brasileiro, nunca imaginei estar na série A nessa função em tão pouco tempo, mas precisamos estar preparados e estou me sentindo bem feliz”, completa.

Por Rafaela Correa

Diário do Alto Vale